Neste artigo descobrimos juntos como escolher a farinha adaptada à sua dieta e seu bem-estar.

A farinha é um elemento que está presente em muitos alimentos, muitos dos quais são imprescindíveis na maior parte das mesas dos italianos. Infelizmente, a falta de conhecimento do que colocamos todos os dias nas nossas mesas conduz frequentemente a escolhas inconscientes e muitas vezes pouco saudáveis.

Neste artigo vamos tentar esclarecer muito brevemente que tipos de farinhas existem no mercado, os seus efeitos no organismo, para que quando trazer um produto à mesa, se saiba o que se escolheu e o que se está consumindo.

Quantos tipos de farinha existem?

No mercado podemos encontrar 5 tipos diferentes de farinha de acordo com o nível de refinação:

– Farinha 00 – é a mais refinada, absolutamente desprovida de farelo e de gérmen de trigo.

– Farinha 0 – é um pouco menos refinada do que a anterior, na verdade contém pequenas quantidades de farelo.

Farinha 1 e farinha 2 – são as chamadas farinhas semi-integrais, pois sofreram menos refinação, na verdade contêm uma boa quantidade de farelo (o tipo 2 é o que contém mais).

Farinha integral – é aquela que não passou por nenhum processo de refinação, portanto contém todo o farelo e o gérmen de trigo que estavam presentes no grão inteiro.

Já se perguntou alguma vez com que tipo de farinha se amassa o pão que você traz à mesa todos os dias?

Certamente as farinhas não são todas iguais e os efeitos que têm no nosso organismo podem ser muito diferentes. Logo, é importante saber de um modo geral quais as farinhas contidas nos alimentos que habitualmente comemos e que utilizamos em casa para fazer pão, pizzas, tortas salgadas e tudo mais.

As farinhas mais vendidas são as de tipo 0 e tipo 00, que são as mais facilmente encontradas nas prateleiras dos supermercados. Estas farinhas são amplamente utilizadas porque, graças ao elevado nível de refinação a que são sujeitas, fermentam mais fácil e rapidamente e têm um rendimento mais elevado.

Se isso pode ser uma vantagem para o produtor, não é para você que é o consumidor.

Efetivamente, o processo de refinação a que estão sujeitas as farinhas 0 e 00 elimina algumas partes do grão de trigo, que também são as mais ricas em elementos preciosos para a nossa saúde! O refino elimina: o farelo (rico em fibras, vitaminas do grupo B e sais minerais) e o germe de trigo (esse também rico em vitaminas do grupo B, sais minerais e antioxidantes, como a vitamina E).

O que acontece ao nosso organismo quando ingerimos produtos de farinhas refinadas?

Quando ingerimos produtos refinados em quantidade, incluindo o pão branco, os açúcares presentes no sangue aumentam repentinamente e, em consequência, nosso organismo produz um pico elevado de insulina, um hormônio que transporta o açúcar presente no sangue ao interno da célula. Quando esse açúcar está em excesso, é convertido em gordura. Essa é uma das razões pelas quais muitas pessoas que têm uma dieta muito baixa em gorduras, mas abundam em carboidratos refinados, geralmente estão acima do peso, têm um fígado aumentado (esteatótico) e sofrem com sintomas desagradáveis, como peso no quadril direito, cansaço crônico, dificuldade na digestão, etc. A longo prazo, o consumo contínuo de uma quantidade excessiva de farinhas refinadas pode predispor o organismo a desenvolver doenças cardiovasculares e crônicas perigosas, como a diabetes, frequentemente causada pelo trabalho excessivo do pâncreas pelos contínuos picos de insulina.

O consumo excessivo de farinhas refinadas não apenas aumenta o risco de muitas doenças cardiovasculares, tumores, diabetes, obesidade etc., mas também leva o organismo a acumular cada vez mais radicais livres e resíduos metabólicos tóxicos e ácidos que perturbam o equilíbrio ácido-base. Dessa forma, acidificam o organismo e obstruem o tecido conjuntivo, que estará cada vez mais em dificuldade de desempenhar suas funções fundamentais de controle, defesa e eliminação de resíduos, promovendo assim a perpetuação da tríade acidose-inflamação- estresse oxidativo, com todas as consequências que ela implica.

Como afirma Arnold Ehret, autor do livro “Dieta sem muco”, outra consequência do elevado consumo de alimentos refinados é a produção de camadas pegajosas de muco denso que grudam na parede do intestino, alterando a absorção dos nutrientes. O muco é uma secreção corporal normal do organismo, para proteger a superfície das mucosas viscerais. A produção de muco é um mecanismo de defesa do organismo, para dominar as toxinas ácidas ingeridas e evacuá-las, sem que elas possam corroer células saudáveis, tecidos e órgãos, promovendo o desenvolvimento de células cancerígenas. Uma dieta prolongada no tempo, rica em alimentos que produzem muco, incrusta o intestino de uma gosma densa, feita de muco, favorecendo o crescimento de micro-organismos nocivos. Nos piores casos, os micro-organismos e seus metabólitos ácidos podem danificar as células saudáveis, romper a parede do cólon, entrar na corrente sanguínea e invadir todo o organismo com seus resíduos ácidos. Em 60-70% dos cólons examinados durante as autópsias, foi encontrada a presença de matéria estranha e fezes endurecidas, com décadas de idade (pode-se deduzir quão alto foi o nível de intoxicação desses indivíduos).

Minha sugestão como médico, juntamente com a de vários colegas, cientistas e especialistas da área, é reduzir o consumo de farinhas refinadas do tipo 0 e 00, que são altamente prejudiciais ao organismo e dar preferência para as farinhas integrais.

Outra dica que pode ser útil quando você faz compras e procura farinha é colocar no carrinho, além da farinha de trigo, farinhas de cereais diferentes. Em particular, as farinhas (integrais) de centeio, trigo sarraceno, farro, cevada etc., a fim de variar os elementos que você oferece ao organismo.

Identifiquemos os integrais falsos daqueles verdadeiros

É necessário prestar muita atenção ao que você escolhe, já que alguns alimentos, como por exemplo as massas, as torradas, bolachas e bolos, geralmente são produzidos adicionando à farinha 00, o farelo finamente moído, que é um resíduo do refino. Com efeito, o pão integral vendido em muitos supermercados geralmente é “falso” e pode ser reconhecido porque é mais claro que o “verdadeiro”.

Os danos causados por “produtos integrais falsos” podem ser dobrados.

A farinha refinada provoca o aumento do açúcar no sangue (pico glicêmico) e, ao mesmo tempo, o efeito potencialmente prejudicial do excesso de farelo pode reduzir a absorção de ferro e cálcio.

Outro dos muitos paradoxos é a farinha 00 biológica que encontramos em muitos supermercados. É incrível como o trigo orgânico é desperdiçado para produzir uma farinha 00. Na realidade, de acordo com inúmeros especialistas do setor, incluindo o prof. Franco Berrino, médico patologista e especialista em medicina preventiva, se você ingerir farinha 00, poderá consumir também aquela não biológica, pois os pesticidas permanecem na parte integral, ou seja, no germe e no farelo, e, portanto, são eliminados com o processo de refinação que produz a 00.

Vamos voltar aos grãos antigos

Uma escolha sábia é voltar atrás em busca de farinhas integrais feitas a partir de grãos antigos, grãos agora quase esquecidos, porque oprimidos pelas farinhas refinadas e pelos produtos industriais e abaixo do padrão que nos são oferecidos nos supermercados.

Um exemplo entre os mais conhecidos a nível nacional é o senador Cappelli, mas existem muitos outros, dependendo da região de produção. Por exemplo, existem o Saragolla, a Tumminia, o Trigo Monococco, o Gentil Rosso, a Verna, o Rieti, etc.

6 motivos válidos para se consumir grãos antigos com mais frequência


1. Não sofreram alterações

Os grãos antigos não foram geneticamente modificados pelo homem e, portanto, têm um rendimento muito menor do que o trigo mais comum e moderno. Suas espigas são altas, com tons escuros e grãos irregulares. Elas não são processadas intensivamente e tudo isso justifica um preço de venda mais alto, tendo em consideração que é um produto mais saudável e genuíno.

2. São triturados com pedra

Os grãos antigos são geralmente trabalhados com moagem de pedra; portanto, a farinha produzida é muito menos refinada do que a produzida com o trigo moderno.

3. Contêm menos glúten

A modificação do trigo moderno fez com que ele se tornasse muito mais rico em glúten, com todas as desvantagens que isso implica para o nosso organismo. Os grãos antigos, por outro lado, mantêm uma relação mais equilibrada entre a presença de amido e a presença de glúten, contendo um percentual menor dessa proteína que tem sido muito discutida ultimamente.

4. Eles são mais leves e digeríveis

A menor presença de glúten torna os produtos que podem ser obtidos a partir desses grãos, muito mais leves, digeríveis e assimiláveis do que os produzidos com o trigo moderno. Os grãos antigos são adequados para todos os tipos de preparação e também são excelentes para complementar a alimentação das crianças.

5. Evitam o desenvolvimento de intolerâncias

A “sensibilidade ao glúten”, ou seja, a sensibilidade desenvolvida ao glúten que é encontrada sempre com mais e mais frequência nos últimos anos, provavelmente se deve ao consumo excessivo de trigo moderno refinado, imensuravelmente rico em glúten. A vantagem de usar grãos antigos (ainda melhor se combinada com uma alimentação variada com cereais sem glúten), pode prevenir a possibilidade de desenvolver intolerância ao glúten.

6. Mantêm a glicemia mais constante

Uma vantagem muito importante de consumir grãos antigos é propriamente a de evitar alterações inesperadas da glicemia. Com efeito, quando consumimos comida preparada com grãos antigos, a glicemia tende a manter-se constante e vêm eliminados os perigos e as consequências das imprevistas alterações glicêmicas. O pâncreas consegue descansar e secretar uma quantidade constante de insulina em base às exigências, evitando a sobrecarga e os picos insulinêmicos.

“Coma saudável, coma biológico e integral”.

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